quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SÓ FORMAÇÃO NÃO GARANTE BOA GESTÃO!

Era uma vez um humilde vendedor de cachorros-quentes que mal sabia assinar seu nome, e tinha um carrinho na beira de uma estrada muito movimentada no interior dos Estados Unidos, lá pelos idos dos anos 50. Seu cachorro-quente era feito com produtos selecionados, frescos, com muita higiene, esmero e preço justo! Muitos clientes paravam com seus carros para saborear aquele sanduiche fantástico. E voltavam sempre nas viagens que faziam por ali. Com muito esforço, trabalhando de sol a sol em seu negócio, o comerciante conseguiu mandar seu filho para cursar a mais conceituada faculdade de Administração de Empresas da capital do estado. Durante o período em que seu filho estudava em outra cidade, aquele homem batalhador resolveu investir em seu modesto negócio e começou a espalhar placas muito simples ao lado de seu carrinho, salientando as delícias de seu produto. Vendo as placas estrategicamente colocadas, mais e mais motoristas começaram a parar e experimentar seu cachorro-quente, o que elevou significativamente as suas vendas. Como o comerciante começou a prosperar, colocou placas maiores, iluminadas, trocou seu carrinho por um bem equipado trailer e plantou placas e painéis no outro lado da estrada, o que aumentou ainda mais suas vendas, alcançando um grande volume de novos clientes além daqueles que já lhes eram fiéis. Passados 4 anos, seu filho volta da faculdade, já formado, e ao deparar com tamanho investimento por parte do pai se assusta e diz: "- Pai, você está louco? Não sabe que estamos passando por uma enorme crise econômica? Como pode gastar tanto dinheiro em seu negócio, quando nosso País está atravessando uma recessão tão grande?" “É preciso cortar custos inclusive nos ingredientes do cachorro-quente” O comerciante pensa logo que seu filho, tão inteligente, e ainda por cima formado numa universidade tão renomada e importante haveria de ter razão, pois estudou para isso, sabia das coisas, enquanto êle, coitado, mal escrevia o nome. Claro que tinha que seguir os sábios conselhos de seu filho. Por isso começou a utilizar ingredientes de qualidade inferior e menor custo, sem se preocupar se eram frescos ou não, mandou retirar todas as placas e iluminação reduzindo drasticamente seu investimento. Ele começou a vender preço ao invés de vender valor! Em conseqüência disso, os carros que antes paravam em seu estabelecimento começaram a escassear, as vendas caíram assutadoramente e o comerciante foi obrigado a trocar o trailer pelo antigo carrinho de cachorro-quente, até que, sem clientes, vendeu o carrinho, dizendo a todos quanto o seu letrado filho tinha razão, pois o mercado de fato estava em enorme crise econômica, fazendo-o fechar seu negócio. A lição que aqui fica é que nunca se deve subestimar a intuição, visão e tino comercial para o negócio, que muitos empreendedores possuem sem nunca, jamais terem sentado nos bancos de qualquer faculdade! A sabedoria dos grandes mestres da Administração ensina que é preciso ter a suficiente perspicácia e humildade, em especial nas pequenas e médias empresas, para aliar a experiência de quem fez quando nada existia com a formação e os atualizados métodos e técnicas de gestão de quem está chegando agora! Conto de autoria desconhecida adaptado por Carlos Poletini.

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